
De repente, uma dor insuportável em algum dos dentes começa a atrapalhar as suas horas mais preciosas do dia, as que você descansa depois de um longo dia de trabalho. Então, você passa a acordar de madrugada, se automedica, a dor vai embora por algumas horas, mas logo está de volta.
Vendo que não tem jeito, só resta uma opção: agendar uma consulta ao dentista e descobrir o que está acontecendo. Chegando lá, ele te conta que vai precisar realizar um tratamento endodôntico. Mas, afinal, o que isso quer dizer?
“Endo” significa “Dentro”, já “Odontós” é “Dente” e “Ia” representa “Ação”. Juntas, essas duas palavrinhas formam uma outra palavra, Endodontia, o nome que se dá ao tratamento odontológico responsável por cuidar da saúde interna dos seus dentes, como lesões e doenças da polpa dentária, além dos problemas que surgem na raiz do dente. Sim, a Endodontia realiza o tão temido e popularmente conhecido “tratamento de canal”.
O tratamento do canal dentário só é necessário quando uma cárie ou lesão danifica profundamente a polpa do dente. Com isso, a raiz fica infectada ou inflamada. Depois de identificar essa situação, o dentista vai anestesiar o seu dente e realizar uma abertura por meio da coroa do dente que precisa ser tratado até a câmara da polpa.
Com esse processo, ele vai conseguir remover a infecção e a polpa doente dos canais. Depois, os resíduos são removidos, os canais são retirados (normalmente, utiliza-se um material conhecido como guta-percha, responsável por manter os canais livres de infecção ou contaminação) e o dente é reconstruído.
A atenção com as crianças deve ser redobrada. Isso porque os dentes de leite, por exemplo, possuem um esmalte a dentina mais fino, mas o nervo é amplo, o que pode transformar uma pequena cárie em canal facilmente.
Já com os dentes permanentes, é preciso avaliar a idade da criança e, com a ajuda de exames radiográficos, o procedimento adequado vai ser definido, que pode ser definitivo ou expectante ou até o dente estiver completo, já que as raízes vão se formando depois de um tempo, que varia conforme dente.
O que dói, na verdade, é não realizar o tratamento de canal. Com a evolução das técnicas odontológicas, a maioria dos tratamentos são realizados em apenas uma sessão de, no máximo, duas horas. É claro que o tempo de duração do tratamento também depende do nível de infecção, mas você não vai sentir dor, pois os anestésicos são administrados na dosagem ideal para que você não sinta incômodos. Depois que o procedimento acabar, o seu endodontista vai te receitar anestésicos.
A resposta sobre como evitar um tratamento de canal é simples: priorizando sua saúde bucal. Veja algumas dicas:
Com a escovação é possível eliminar a maior parte da sujeira,responsável por causar a cárie, que pode virar um canal.
Apenas a escovação não é suficiente para remover os restos de comida que ficam entre os dentes. Utilizar o fio dental é extremamente importante para uma limpeza completa e profunda.
Bons hábitos alimentares = boa saúde bucal. Comidas e bebidas muito açucaradas, como doces e refrigerantes, são os queridinhos das bactérias. Se você consome frequentemente esses alimentos, substitua-os por frutas. Invista em uma dieta balanceada. Não só a sua boca, mas todo seu corpo vai agradecer.
O cálcio fortalece os ossos e os dentes, reforça a estrutura dentária e protege de cáries. Aposte em laticínios e alguns vegetais de folhas verde-escuras.
Os traumas dentários ocorrem após acidentes. Ao realizar tarefas, tome cuidado. Atenção redobrada com as brincadeiras das crianças também é indispensável.
Por fim, mas não menos importante: visite um dentista regularmente. Quando foi sua última consulta? O ideal é agendar uma consulta, pelo menos, a cada seis meses. É melhor prevenir do que remediar, não é mesmo?!