
Você conhece algum adulto que não pode nem escutar a palavra “dentista” que já se arrepia inteirinho? Grande parte dos traumas com consultórios odontológicos surgem ainda na infância devido ao despreparo de muitos profissionais em lidar com as crianças.
O grande problema é que esses traumas acabam por afetar a saúde bucal não só na infância, mas também durante a fase adulta. Para evitar que isso aconteça, existe a Odontopediatria, resultado da união da Odontologia com a Pediatria.
Bem mais do que sanar dúvidas sobre como realizar uma escovação correta ou como será o processo de troca dos dentes de leite, as responsabilidades do odontopediatra também incluem cuidar da higiene bucal da criança quando ela ainda é um bebê e da saúde bucal da mãe durante o período de gestação.
De acordo com a Consolidação das Normas para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia, aprovada pela Resolução do Conselho Federal de Odontologia (CFO) 63/2005, é responsabilidade da Odontopediatria:
a) promover a saúde, devendo o especialista educar bebês, crianças, adolescentes, seus respectivos responsáveis e a comunidade para adquirirem comportamentos indispensáveis à manutenção do estado de saúde das estruturas bucais;
b) prevenir em todos os níveis de atenção, devendo o especialista atuar sobre os problemas relativos à cárie dentária, ao traumatismo, à erosão, à doença periodontal, às mal-oclusões, às malformações congênitas e às outras doenças de tecidos moles e duros;
c) diagnosticar as alterações que afetam o sistema estomatognático e identificar fatores de risco em nível individual para os principais problemas da cavidade bucal;
d) tratar das lesões dos tecidos moles, dos dentes, dos arcos dentários e das estruturas ósseas adjacentes, decorrentes de cárie, traumatismos, erosão, doença periodontal, alterações na odontogênese, mal-oclusões e malformações congênitas utilizando preferencialmente técnicas de mínima intervenção baseadas em evidência;
e) conduzir psicologicamente os bebês, crianças, adolescentes, e seus respectivos responsáveis para atenção odontológica.
Sim, é possível cuidar da higiene bucal do bebê desde o período de gestação. Por causa das alterações hormonais que ocorrem durante essa fase tão importante na vida de uma mulher, ela fica mais suscetível às doenças periodontais.
O ideal é visitar um dentista logo após a confirmação da gravidez. Caso algum problema seja identificado, é possível tratá-lo e, assim, evitar danos no processo de gestação, como parto prematuro, o nascimento de um bebê abaixo do peso e até mesmo pré-eclâmpsia — pressão arterial elevada.
A Odontopediatria compreende as particularidades do universo infantil, por isso, procura sempre estabelecer uma relação de confiança entre o dentista e seu pequeno paciente, criando um ambiente agradável, lúdico e conversando sobre assuntos que interessem a criança.
Não adie a primeira consulta do seu filho ao odontopediatra, esse momento é indispensável para que a criança comece a assimilar e ter consciência sobre a importância das consultas. Pode ser o começo de uma relação saudável e eterna.
Você tem mais dúvidas sobre essa especialidade? Envie-nos seu comentário, compartilhe esse artigo com os papais e as mamães que você conhece… Esperamos que você tenha gostado e aprendido um pouco mais sobre o assunto. Até a próxima!